quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A CERTEZA DO CUMPRIMENTO DA PROFECIA DA CHUVA SERÔDIA

POSSO TER CERTEZA ABSOLUTA DO CUMPRIMENTO DESSA PROFECIA?

Por César B. Rien

A dificuldade para crer sempre existiu na História da Igreja. O caso mais clássico é o caso de Tomé. Ele disse que somente creria na ressurreição de Jesus se pudesse tocar com seu dedo nas cicatrizes da crucifixão (João 20:25). Lembra-se? O que aconteceu em seguida? Passados oito dias, estando Tomé reunido com os discípulos, Jesus apareceu repentinamente e pediu-lhe para que o tocasse (João 20:26-27). Tomé rendeu-se diante da evidência da presença visível e palpável do Senhor (João 20:28). Mas Jesus o advertiu e lançou uma bênção sobre os crentes que viveriam no futuro, para nós também, portanto:

“Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem aventurados os que não viram e creram.
“Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.
“Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu Nome.” – João 20:29-31. 1

A incredulidade é o maior obstáculo ao cumprimento das promessas que o Senhor nos fez. Devemos, então, ouvir atentamente as advertências que foram registradas nas Escrituras para nosso benefício:

“Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia. Durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.
“Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até ao fim a confiança que desde o princípio tivemos.” – Heb. 3:12-14. 2

“Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a Palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé, naqueles que a ouviram.” – Heb. 4:2. 3

A História de Israel, conforme revelada nas Escrituras, contém uma grande quantidade de exemplos para nós. A Epístola aos Hebreus fala-nos da incredulidade que se manifestou entre os hebreus, logo após haverem sido libertados da servidão no Egito. Foi ela que os obrigou a vagar 40 anos pelo deserto, até perecer toda aquela geração incrédula. Então, com uma nova geração de pessoas cheias de fé o Senhor pôde cumprir a promessa de introduzi-los na Terra Prometida. Quando Jesus se manifestou em Seu Primeiro Advento, os líderes religiosos não aceitaram essa manifestação como sendo o cumprimento das profecias do Messias prometido. Apegaram-se às tradições dos mestres religiosos e encheram seus corações de incredulidade, a ponto de odiarem a Jesus e Sua mensagem de Salvação, crucificando-O no madeiro, numa vã tentativa de silenciá-Lo para todo o sempre. Fazendo isso, excluíram a si mesmos da bênção que estava destinada aos que aceitassem essa tão grande Salvação.

Que devemos fazer diante dessas advertências? Devemos apegar-nos, com fé, às promessas. Devemos estudar com cuidado as evidências bíblicas que indicam claramente que o Senhor prometeu uma NOVA PLENITUDE DO ESPÍRITO, que é simbolizada pela CHUVA SERÔDIA. Devemos compreender que ela deve ser concedida antes do 2º Advento do Salvador, para amadurecer a seara para a ceifa (Apo. 14:14-16). E ao compreender a grande bênção, que virá com o cumprimento dessa promessa, devemos afastar a incredulidade e orar pedindo ao Senhor da Graça o cumprimento da Palavra, dada por intermédio do Profeta Joel. E devemos orar conforme a orientação do Profeta Zacarias:

“Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias...” – Zac. 10:1. 4 

Se assim fizermos, todos os anos, as novas gerações aprenderão a ter fé nessa promessa e a orar por ela, até que se cumpra no tempo determinado por Deus. Nosso desejo consensual deve ser expressado em clamor, para que o Senhor “se lembre” da promessa feita aos nossos antecessores na fé, assim como a manifestação consensual (em clamor) dos hebreus, no Egito, foi necessária para “lembrar” ao Senhor a promessa, que havia feito a Abraão, de libertá-los da escravidão (Êxo. 2:23-25; comparar com Gen. 15:12-14). O mecanismo de precisão do cumprimento profético, que Deus introduziu na estrutura do Plano da Redenção, nos dá maior certeza de que o Senhor cumprirá, com toda exatidão, as promessas que fez a Seu povo. Nosso dever é preparar-nos espiritualmente pela oração diária e reunir-nos com nossos irmãos na fé, todos os anos, na data prevista pelo calendário judaico para a celebração da Festa dos Tabernáculos, com a finalidade de orar em comunidade pedindo o cumprimento da promessa. Isso ajudará as novas gerações a compreender e a dar valor à grande promessa. A advertência a seguir deve ser aceita com toda humildade e seriedade por cada geração de crentes:

"E contra quem Se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto?
"E contra quem jurou que não entrariam no Seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?
"Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade." - Heb. 3:17-19. 5

Lembremos que foi somente após a morte da geração incrédula, que o Senhor pôde levar uma geração cheia de fé a herdar a Terra Prometida. Essa advertência, para nos lembrarmos do triste destino da geração incrédula, faz parte da função memorial da Festa dos Tabernáculos.
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1, 2, 3, 4, 5. A Bíblia Sagrada, Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida -Edição Revista e Atualizada no Brasil, Sociedade Bíblica do Brasil, 1969, Rio de Janeiro - RJ.

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